domingo, 25 de abril de 2010


Lágrimas escorriam pelos olhos vidrados e cheios de esperança. Uma fé incalculável naquilo que se pode ver e tocar. Os passos de um lado para o outro o faziam encher de tal exasperação. Repleto de pessoas desconhecidas ao seu redor em plena uma praça aberta no meio de um quase nada. Havia seres mundanos espalhados por todo o salão. O que havia ali? Não sei bem dizer.
E esse grito que se espalhava por todo o salão que se estende de tal forma que chega até a ensurdecer de tão estridente. Ela diz que não liga. Ela diz que não liga mesmo...
É vicio, é vicio é apenas mais um mero vicio diz ela.
E ele sem saber o que dizer ficou apenas calado tentando não enlouquecer. É estranho de fato. Mas não tinha nem o que fazer.
Tudo bem que poderia haver ali certo desentendimento, mas ele fugaz como sempre finge que não liga. Esquece-se e se desliga disso tudo.
E aquele agito de quem sempre soube dançar com as próprias pernas? Aonde será que ficou... Esvaiu-se deste corpo? Não sabia bem dizer não queria nem sequer se contradizer ou apenas fingir não entender.
E como ele dizia como ela repetia todos os dias e sempre se esquecia no final, não diz não faz não amenize tudo isso sem ao menos um motivo!
E ela fingia notar lhe mais no fundo nem se importava.
E ele sempre deixava tudo pra lá... Como se fosse apenas mais um fim com o começo no dia que estaria por vir.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vicio? Viciado em não Viver?


Exasperado. Tão cansado de andar em círculos. De não sair do mesmo local. Ferido. Sangrando... Caído ao chão. Parece até um animal morto. Em decomposição. Não faz mais parte deste mundo. Não sente mais seu coração pulsar no meio de seu peito. Enojado de tanta frustração. Pouca saída encontra aberta em seu longo caminho. Distraído. Distinto. Inimigo eminente daquele ser que sente-se tão carente logo ali ao seu lado, jogado numa rua qualquer, talvez nem nome tenha... Pode até ter mais ninguém sabe qual é. Exacerbado... Constrangido. Opaco. Não guarda consigo sentimentos. Sente-se uma máquina. Um robô. Manipulável. Minuciosamente esconde-se em seu abrigo. Que parece mais uma prisão. Cheio de indecisões, confusões corriqueiras. Não vive, se esquece de respirar às vezes. E daí que mal isso faz? O que tudo isso lhe trás de bom? Lhe faz mal... Vicio?
Viciado em não viver, se sentir tão preso em si mesmo que se esquece que tudo isso é tão rápido que às vezes mal percebemos... E quando percebe já passou. Foi-se. É engraçado, mas não se sente com vontade alguma de rir. Vontade nenhuma de sorrir, mal esboça uma feição feliz... E daí ele me diz que não liga...
Vicio? Viciado em não viver? É tão viciado que mal aguenta dizer... Eu te amo!
Viciado em ficar sozinho... Foi esquecido e deixado de lado. Triste fim de um ser tão semi-opaco. Agoniado em não se socializar. Ficar de lado e sempre escutar coisas desnecessárias. Viciado em não receber afetos, carinhos... O que ele quer? Não sente, não quer sentir... E às vezes me fala que assim ainda se sente feliz. Como assim? Nenhuma pessoa é uma rocha... Nenhum ser mundano é uma pedra. E ele ainda me diz que se sente bem... Que vive a vida como ninguém. Que se for por ele viverá sozinho pra sempre e não está nem ai... Diz-me o que isso lhe trás de bom? E eu digo a mim mesmo... Não quero ser que nem ele. Sou tão alucinado em viver. Viver intensamente. Como é bom. Se sentir vivo. Feliz. Afetos e carinhos sempre que quiser. Ser Feliz. Diz-me... O que é melhor do que viver?

Eu


Eu.
Um ser estranho.
Uma pessoa esquisita.
Que curte as coisas simples da vida.
Certo sonhador que acredita que a felicidade não é uma coisa tão distante de ser alcançada.
Um guri que aprendeu com todos os erros. Ou se não aprendeu ainda precisa mudar coisas.
Aquele que não vê maldade em coisas que outras pessoas vêem.
O amigo que você sempre poderá contar quando precisar. Não importa a hora, não importa o lugar, não importa nada. Se algo disso importar não sou um amigo verdadeiro. Desculpas.
Sincero quando precisa ser. Então se algum dia te disser algo que tu não gostes não se importe, alguém nessa vida tem que ser sincero com você pra ver se tu aprendes. Amigos verdadeiros são pessoas sinceras que não usam mascaras que não escondem seus defeitos, que não deixam você quando tu mais precisas.
Aquele ser impulsivo que sempre fala demais, machuca pessoas que nem uma faca afiada fere quando atinge seu peito.
Palavras às vezes são só palavras. Mas às vezes pequenas palavras podem magoar pessoas. Então se um dia eu te magoei com minhas palavras que são mais afiadas que um bisturi. Desculpe-me esse é meu jeito. Já tentei mudar, mas não consegui. Já tentei ser uma pessoa melhor, mas esse é meu jeito, todos têm o seu. Eu nasci assim e talvez morra assim.
Uma pessoa ambiciosa que quer alcançar seus sonhos. Está tudo planejado (aqui dentro de minha mente fértil que não me deixa parar, ninguém vai me parar “eu sou mais veloz que um carro de formula 1 e mais sábio que um livro do Paulo Coelho”). Eu sou assim. Não deixo meus sonhos por nada e nem por ninguém.
Queria ser uma pessoa melhor. Mais sociável. Mais comunicativa. Mais falsa, mais não consigo. Eu sou real. Não sou cópia de nada e nem de ninguém. Sou ser humano, sinto inveja que nem todos, mais minha inveja é algo saudável, nunca me fez mal essa minha inveja, mais acho que a sua inveja já me fez muito mal. Mude isso e seja uma pessoa melhor. Seja aquela pessoa que seus pais lhe ensinaram a ser. Ou seja, um derrotado na vida. Enfim.
Às vezes fantasio coisas. Mas quem nunca fantasiou algo.
Fantasiei um dia que minha vida era perfeita que eu era feliz, que todos meus sonhos tinham sido realizados, que eu morava onde eu queria. E enfim não precisei pisar em ninguém pra ter o que eu queria, mas no fim minha mãe me acordou pra ir trabalhar. Meu sonho. Minha expectativa de vida sempre foi essa. Igual essa que eu sonhei. Sonhos são bons. Ajudam-te a viver melhor consigo mesmo. Mas na realidade não podemos sonhar o tempo todo. Temos que acordar e viver intensamente. Sonhos só servem quando sonhos crianças. Não vemos maldade em nada. Seres humanos cruéis arrancaram meus sonhos. Não pude mais viver em paz. Talvez seja por isso que hoje em dia sou assim. Mas eu gosto de ser assim. Não estou reclamando da minha vida. Ela é assim, então será assim pra sempre.
Sou uma criatura que tenta viver ao seu modo, as suas expectativas foram arrancadas de si, quando criança, ou quando estava na minha juventude não me lembro.
Enfim... Sou um ser normal mesmo que você não perceba isso sou normal na medida do possível. Vivo mesmo sem viver. Mas vivo. Estou vivo até hoje e não desistirei disso.

Eu não sei


Certo dia tentei me olhar no espelho, mas percebi que não tinha reflexo.
Procurei respostas em alguns livros, mais nada encontrei. Acho que o problema sou eu mesmo. As causas pra eu não ter mais reflexo no espelho foram causadas por mim mesmo. Por eu ter sido tão incoerente com certas coisas, ter aceitado demais tantos erros alheios, por não cobrar demais, por sempre deixar passar coisas enfim por perdoar demais.
Outro dia voltei-me a olhar no espelho do meu quarto dessa vez eu só vi um vulto, não era eu, não podia ser eu, eu não era daquele jeito, eu nunca fui assim. Eu nunca me tratei daquele jeito. Até onde eu sabia eu era sempre o certo da história mais agia como se o erro fosse meu pra sempre ver os outros bem e me sentir bem com isso. Aprendi errado, aprendi a deixar os outros em minha volta bem e sempre ficando mal no lugar deles, isso algum dia tem que mudar, pode demorar mais tem que mudar. Não sei quando mais mudará. Eu juro.
Certas promessas que eu fiz um dia pra mim mesmo, não foram cumpridas. Sempre deixava pra depois, pra quando desse. E até hoje não as cumpri.
Tenho que começar a cumpri-las. Eu fiz essa promessa a mim mesmo quando acordei hoje de manhã e me olhei no espelho, e ainda não tinha meu reflexo lá.
Quero um dia voltar a me olhar no espelho e conseguir me ver do outro lado, daquele lado que tudo é diferente. Que eu me via nos olhos de outras pessoas e me sentia bem. Eu era forte, tinha sensibilidade mesmo assim era forte, tinha coração e mesmo assim era forte, meus sentimentos foram machucados, mesmo assim eu me sentia vivo, me sentia fortalecido, e eu nem tomava vitaminas pra me sentir bem. Nessa época eu não costumava ir ao psiquiatra pegar alguns calmantes pra me sentir bem cumigo mesmo. Hoje em dia isso mudou. Todas as terças tenho que acordar no máximo até às 7h30 da manhã pra estar no consultório do Doutor R às 9h00. Isso é deprimente, eu sei isso não é vida, já jurei pra mim mesmo que mês que vem não irei mais lá. Não quero viver a base de drogas, não preciso disso pra me sentir bem. Já me disseram pra começar a ler livros de auto-ajuda, mas isso é mais deprimente que ir ao consultório do Doutor R pegar aquela caixa de calmante. Aquele comprimido que me dá esperança de tentar mudar algo em minha vida. Que mentira. Estou tentando enganar a quem? A mim mesmo. Não quero mais fazer isso cumigo. Não necessito disso pra me sentir bem cumigo mesmo. Não mesmo eu juro.
Queria eu poder sair na rua com um sorriso no rosto que todos olhassem pra mim e vissem que eu sou feliz, que eu tenho motivos pra sorrir na vida, que eu alcancei tudo aquilo que queria. Mais não é bem assim. Há muito tempo atrás eu tinha um brilho no olhar. Todos sentiam inveja daquele meu sorriso, daquela felicidade estampada em meu rosto juvenil. Cheio de pelôs que tive preguiça de tirar naquele fim de semana passado, algumas espinhas (coisa de idade, quem gosta delas). Inveja, eu gostava de quando pessoas alheias sentiam ela de mim. Mas hoje sou eu que estou no lugar dessas pessoas. Sou eu que tenho inveja de chegar ao shopping e ver casais de mãos dadas planejando seus belos futuros, onde vão morar e blábláblá. Hoje em dia não carrego o mesmo brilho no olhar. Nos dias atuais o brilho do meu olhar fugiu que nem um passarinho foge do ninho pra conquistar o mundo, para conquistar a liberdade que tanto sonhou. Minha felicidade deve estar por ai, deve ter ido pra algum outro sorriso, deve estar melhor do que quando estava cumigo. Desejo uma boa sorte onde ela estiver mesmo não estando cumigo não sou tão egoísta assim pra querer essa felicidade só pra mim. Aprendi com a vida que temos que aprender a compartilhar certas coisas. Nesse caso minha felicidade deve estar mais feliz onde está agora.
Mas um dia eu disse pra mim mesmo:
-Minha felicidade sempre vem em primeiro lugar. Os outros? Que se fodam.
Mas aprendi com a vida que tu tens que pensar no próximo não só em si. Isso que estou fazendo nos dias atuais. Vivendo e deixando viver. Não sou mais egoísta com era no passado. Hoje em dia quero ver a felicidade dos outros. A minha? Conquisto quando puder. Essa foi outra promessa que fiz a mim mesmo. E até hoje não consegui cumpri-la. Mas juro que quando der eu irei correr atrás da minha felicidade. Quando? Eu não sei.

Felicidade


Onde moro não tem riquezas. Tudo que quero tenho que correr para conquistar. Nada vem na minha mão de graça. Se for esperar por isso nunca vou ter nada.
Mas onde moro eu sou meu próprio rei, faço o que quero e quando quero. Eu sendo meu próprio rei posso fazer o que me der na telha... Mas tenho que seguir algumas regras de meu reino, senão vira tudo uma desordem, uma baderna. E eu não quero isso em minha vida. Se quisesse isso já teria estragado ela há muito tempo. Preciso de uma rainha. Estou a procura de uma. Ela não precisa ser perfeita (ninguém é perfeito neste mundo nem em lugar nenhum). No meu reino está tudo perfeito, só falta minha rainha. Uma pessoa com quem eu possa contar pra tomar minhas decisões. Que divida cumigo sua vida, seus problemas do cotidiano. Enfim, até um rei precisa de alguém para ser feliz. Nem um rei é feliz não tendo aquela pessoa que pegue no seu pé quando precisa, quando necessita de um abraço. Onde está essa rainha?Não sei. Não a achei até agora. Ainda a procuro. Não perdi as esperanças.
Em meus momentos vagos pego meu bloquinho de papel e escrevo sobre minha vida em meu reino, sobre meu cotidiano sempre rotineiro, sobre meus sentimentos, sobre a vida que levo nesse meu mundo. Não quero que meu mundo seja fechado. Quero que todos participem dele e do que há nele. Na verdade nem minhas mais valiosas riquezas valem mais do que ter a felicidade que há tanto tempo procuro. Que há tanto tempo corro atrás. Se um dia irei achá-la por ai não sei. Essa é uma pergunta que há muito tempo não sai da minha cabeça pensante e geniosa. Eu sou um rei. Eu sou o tal rei entristecido naquele reino que todos se esqueceram. Eu sou o rei. Posso não ter o poder de decidir vidas (e nem quero isso, não decido nem minha própria vida quem dirá a vida dos outros). Muitas vezes chamo meus amigos para bater um papo, mas as idéias não batem. A felicidade que eles procuram não é a mesma que eu venho procurando a muito tempo. A felicidade deles é uma felicidade individual. Onde apenas 5$ ou 10$ já trás a felicidade tanto procurada. A felicidade deles é achava em qualquer beco escuro e escondido. Não procuro essa felicidade e nem quero ela. Pra falar a verdade quero essa felicidade bem longe de mim. Essa não é e nunca foi a felicidade que eu tanto procuro. A felicidade que eu venho procurando há muito tempo não precisa de dinheiro, não tem lugar definido. A felicidade que eu procuro é uma coisa pura que não trás dor nem sofrimento a ninguém. Essa felicidade está escondida. Na verdade ela não se esconde. Ela requer tempo. Tempo? Há muito tempo a procuro e se falar que nunca achei estaria mentindo. Mas era uma felicidade contada. Cronometrada. Era uma felicidade de instantes. Coisa momentânea. Que a qualquer momento podia acabar. Cessar. Não quero essa felicidade. Eu procuro uma felicidade eterna que me faça bem. Bem pelo resto de minha vida. Mas parece que essa felicidade requer mais tempo. Acho que sou muito apressado. Não consigo esperar. Tenho sede de achar logo essa felicidade. Essa sede de correr atrás de felicidade me consome. Deixa-me cansado com vontade de deitar no sofá e tirar um cochilo de pelo menos uns 20 anos. E se eu falar que nunca encontrei essa felicidade estaria mentindo pra mim mesmo. Mas acho que muita das vezes me enganei. Achei que era a felicidade eterna, mas não, era coisa momentânea. Uma felicidade que não alimentou meu ego. Não consumiu todas minhas energias. Não me deixou cansado com vontade de querer mais e mais. Não me consumiu por inteiro. Achei estranho. Falam que ser feliz cansa. Eu não me cansei, na verdade eu nem suei.
Acho que ser feliz é uma coisa tão distante. Que requer mais tempo de mim.
Às vezes me pergunto:
-Será que ainda serei feliz?
Essa é uma pergunta que me consome. Que não sai da minha mente.
Mesmo assim não vou me cansar. Vou correr atrás e um dia vou achá-la. Prometo.

domingo, 11 de abril de 2010

A Dança


Os dias passam, as crianças crescem e todos ou quase todos vivem com aquele pensamento de que tudo acontece por obra do “destino”. Isso é um absurdo pensar que todos nascem com seus caminhos traçados e que não podemos fazer nada pra mudar. Meu pensamento em relação á isso é diferente acho que cada passo que damos constrói nossos...
Caminhando pelas ruas do extremo leste de SP como sempre fico estava pensando sobre o que um velho amigo meu disse que nascemos e crescemos com nossos caminhos traçados. Me pego em dúvidas se isso seria uma verdade ou não. Apenas aquilo que as outras pessoas querem que seja uma realidade.
Lembro-me de uma história que alguém me contou um dia...
Há alguns anos um tal de Albert um cara mal encarado, estúpido, rude enfim um marginal por assim dizer... Vivia nas ruas da cidade. Passava seus dias às margens da miséria. Comia quando dava ou quando seu vicio por álcool e drogas o deixava gastar seu dinheiro com algo que o sustenta-se fisicamente e não mentalmente.
Desde pequeno aprendeu que não importa o que ele fizesse nada mudaria sua vida.
Por isso que ele está como está... Perdeu todas as esperanças de tentar ser alguém melhor. Alguém que há muito tempo não é.
Um dia como outro qualquer sentado com seus “amigos” de vicio no vão do Masp com sua lata na mão naquele momento de êxtase, alucinado como em todas as tardes que passara ali naquele local inabitável um senhor de meia idade o vê e sente uma enorme piedade daquela pobre alma que mal sabe o que é ser feliz na vida. O senhor que bem sabe que sua vida depende apenas de si mesmo e das ações que ele faz no seu dia-a-dia e que nunca acreditou nessa de que o “destino” já está escrito desde que você nasce chega bem perto de Albert e o pergunta:
-Meu jovem o que fazes aqui neste local imundo, parecendo um mendigo que bem sei que não é? Albert com sua lata na mão e sua alucinação já nos últimos minutos vira rapidamente e o responde:
-Senhor realmente mendigo eu não sou mais lutei pra ser. Minha vida já estava no bico do corvo. Acabei-me durante anos e anos e venho me acabando mais depois que vim pra este local e conheci essas pessoas. Passos meus dias às margens da miséria. Vivo da piedade das outras pessoas que acreditam que aquela moeda que elas colocam em meu velho e sujo boné seja pra comprar algo pra comer e não é bem assim cada moeda que pego aqui ajunto e compro uma pedra. Com ela me sinto bem pra ser mais sincero não sinto nada. De vez em quando é bom não sentir nada sabe. Parece que você não sofre tanto como na realidade. Sempre fui motivado a acreditar que você já tem um caminho traçado desde que nasce. Por isso perdi as esperanças que ainda restavam em minha vida. O senhor vendo aquele sofrimento tão arrasador e tão cruel faz uma réplica.
-Como é seu nome? O rapaz o vira e diz:
-Me chamo Albert... Então o senhor continua... Bom Albert eu nunca acreditei nessa de nascer com o destino traçado. Há muito tempo atrás eu já passei pela mesma situação que você, mas não porque eu não tinha mais esperanças na vida e sim porque esse foi um momento de desmotivação. Parei de acreditar em mim mesmo e nas pessoas. Mas de repente eu percebi que aquela não era a vida que eu sempre sonhei pra mim. Viver jogado à beira da calçada esperando a piedade de alguém. Levantei-me procurei aqueles que por dias, meses ou anos não me lembro bem que como você mesmo disse a algum momento atrás “Não sentia nada, e era bom” e também não lembro de nada. Mas fui atrás daqueles que me amavam e me queriam bem. Todos que te amam te ajudam mesmo sem ter como ajudar... Minha mãe que tanto me amava correu atrase conseguiu uma clinica de reabilitação onde por uns seis meses eu permaneci sem usar nada. Segui firme e forte e conclui. Hoje como você mesmo pode ver sou outra pessoa. Não mais necessito disso pra me sentir bem. E isso de não necessitar dessas coisas pra me sentir bem me fortalece e me faz seguir em frente. Uma dica que eu te dou Albert... Saia dessa, procure seus familiares aqueles que te querem bem vou deixar com você meu telefone de casa quero que daqui uns 7 meses você me ligue e teremos essa conversa novamente ok? Albert acenou com a cabeça e pegou o papel e colocou no bolso.
Os dias passaram e o senhor estava em sua casa tomando seu chá da tarde como de rotina quando o telefone toca, ele rapidamente deixa a xícara de chá em cima da mesinha e atende ao telefone... Alô diz o senhor, do outro lado da linha uma voz feliz e confortante responde:
-Aqui é Albert se lembra de mim do vão do MASP senhor?
-É claro Albert. Como vai?
-Muito bem. Hoje me sinto novo uma outra pessoa. Depois daquela conversa que tivemos me toquei e percebi que realmente nossa vida só fica ruim se a gente deixa de acreditar em nós mesmos. Procurei aqueles que me amam e eles estenderam os braços a mim, uma pessoa suja, imunda e viciada. Percebi que eu podia ser mais do que eu era. Entrei numa clinica e fiquei lá durante longos e tortuosos seis meses. Acabei ele semana passada. Gostaria de saber se o senhor poderia ir a minha “formatura” acho que é isso... Iremos falar sobre nossas experiências lá dentro e o que aprendemos com tudo isso. Posso contar com a sua presença senhor?
-Mas é claro. Quando será?
-Amanha às 14h30 na clinica São José Em Mogi das Cruzes.
-Ok estarei lá...
O Senhor desligou o telefone e continuou tomando seu chá.
No dia seguinte ele acordou cedo como sempre fazia. Tomou seu banho. Tomou café. Comeu um pedaço de pão com manteiga e foi pra sua caminhada diária.
Quando o relógio tocou já era 12h. Estava na hora de se arrumar e ir pra Clinica ver a vida daquele jovem que por obra do acaso havia mudado.
Pegou um ônibus onde ficara por uns 15 min. Depois deu uma andada de 5 minutos. Enfim chegou ao local combinado. À porta da Clinica encontrava-se Albert e sua mãe. Albert reconheceu o senhor como cão que reconhece o dono quando chega do serviço.
Logo Albert o cumprimenta e diz:
-Obrigado se não fosse o senhor eu ainda estaria jogado por ai sem viver. O senhor responde:
-Eu já passei por isso... Não me agradeça só continue assim!
Todos entraram na clinica, foram até um salão de tamanho médio onde muitas pessoas se encontravam. O primeiro a falar foi Albert e o que mais emocionou o senhor neste testemunho foi quando Albert disse:
-Eu era um peso putrefato. Pensava que vivia, mas na realidade não vivia. Os dias passavam e minha vida passava junto sem eu aproveitar nenhum instante. Mas foi quando um senhor chegou a mim e disse palavras confortantes. Fez-me acordar pra vida e hoje estou aqui. Sou uma nova pessoa. Tenho expectativas de vida e comecei a acreditar que somos nós que construímos nossos dias. Obrigado senhor devo minha completa mudança a ti. Obrigado...
Depois disso Albert deu um apertado abraço no senhor e o mesmo caiu em prantos.
Os dois até hoje se encontram pra tomarem chá e falar da vida.

Um ego firmemente pensante(...)


Um ego firmemente pensante, absolutamente alucinado... Desgastante, reativo a tudo e todos, não se cansa não dispensa. Nem sequer pensa. Mentira pensa demais, além do normal, anormal pode-se dizer. Louco será? Pensa muito e nunca se cansa. Nunca descansa. Não se abriga nem pede permissão... Volte aqui então, jogue suas emoções numa mesa e mostre-me sua reação perante este ato não tão honrado, mas com um grande peso... Pra ti e quem sabe pra mim, não sei!
O sangue escorre de sua face e não para não te deixas parar de pensar, de crer, de ser fiel a algo tão injusto meros rebeldes “crianças”... São apenas crianças dizem seus pais. Que tolice digo e repito... Que tolice. As crianças ali sentadas numa roda parecem tão felizes brincando. A inocência transparece em suas faces. São tão angelicais. Até parece que não guardam consigo demônios que dentro de alguns dias, meses, anos ou vai lá saber décadas se mostrará. Ninguém ousaria falar que seus demônios estão só a espera de um momento inoportuno pra viver intensamente. É assim, sempre foi... Sempre será e não seria agora em tempos onde filmes mostram o fim do mundo que isto iria mudar. E mais uma vez eu digo... Que tolice!
É uma mera tolice, fraqueza ou inexperiência?
Doces, balas, brinquedos que daqui a um tempo será trocado por todo tipo de besteira existente neste mundo... Eu nem ouso citar nomes pra não estar incentivando algo. Jamais. Aqui vive um “Politicamente Correto”, dizia a frase escrita na porta de meu quarto...
Ironia saia daqui... Não se faça presente, não se sinta convidada. Não faça de mim vossa morada. Não me sinto mais aqui...
Os vícios, as virtudes os anjos e os demônios de uma vida todos guardam dentro de si. Só resta-te saber qual será sua essência...
Um jovem cheio de vícios?
Um rapaz que esboça virtudes na estante de sua sala?
Uma psiquiatra bondosa e angelical? Ou...
Aquela velha que fica no portão de casa só espiando a vida alheia e falando bosta o dia inteiro, destilando veneno e jogando tudo pra fora de sua casa... Coisas que nem lixeiros, mendigos ou coisas que o valham conseguem reutilizar...
Enfim...
Quero meu cigarro, meu café quente de toda manhã, aquele bom livro pra ler depois do jornal das 13h, uma boa conversa entre amigos sentados embaixo de uma árvore em plena às 16h20. E quando a noite vem, quando o sol se esconde, quando olho pro horizonte falo com quem faz meu coração bater, pulsar e é isto que tenho até então... Sou anjo sou demônio, sim tenho meus vícios não te nego e claro minhas virtudes. E você tem algo a me dizer? Pretendes me reprimir? Queres fugir de mim? Ou me deixas livre feito um passarinho que acabou de sair debaixo das asas aconchegantes da mãe e agora quer voar sem direção... Não existe um rumo certo, a nossa vida é sempre incerta, cheia de duvidas muitas frustrações, mas aqui tudo está tão confortante, confiante agora só te peço isto... Segura minha mão e voa comigo por ai sem nenhum rumo e nenhuma direção não importa se é janeiro e não existe mais verão... Outono chega e trás com ele o frio... Abrace, não largue, aperte... Faz pulsar, aquece e te mantém mais perto de coisas... Todas aquelas coisas que tu sempre quiseste e te pergunto o que me diz?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

prefácio...


Menos amor, mais afeto... Mais carinho. Menos regressos". Disse a senhorita num tom muito alto no meio do salão. E olha que a festa ainda estava pra começar... Mal se via os convidados. Até então eram apenas meia dúzia de gatos pingados espalhados ao longo de todo o salão.
Bebidas finas, aperitivos rodeavam os poucos convidados presentes até o certo momento...
Ninguém viu nada. Ningué ousa dizer nem sequer uma palavra. O desespero tomou conta de todos ali presentes...
O medo e a discórdia estampado no rosto de todos.
O que poderia ter acontecido? O que seria na verdade o tal "ocorrido"? Quem contra quem? Todos se perguntam... Será que foi o consumo excessivo da bebida? O senhor ao meu lado me diz que não. Que bebida não teria nada haver. Mais então qual seria o motivo? Procuro respostas. Quero afirmações. Me diz um suspeito. São apenas confirmações. Mais parece que ninguém quer saber de nada... Até porque o problema não é deles. E de fato nem meu. Mais o fato aqui envolve duas pessoas distintas. De boa indole. Já bem vividas. Casados a uns 10 ou 20 anos não me lembro muito bem... Numa certa conversa há um tempo atrás o anfitrião da festa havia me dito algo a esse respeito mas como minha memória nunca foi das melhores não me recordo bem enfim isto não tem muito sentido agora. A senhorita de cabelos ruivos. Lindos cabelos. Encaracolados batiam na metade das costas. Olheiras profundas de quem guarda consigo um enorme cansaço ou sofrimento não sei bem explicar. Olhos esverdeados. Penetrantes. Cativantes pra ser bem sincero. Uma boca pequena bem desenhada. Nariz fino. Finíssimo digase de passagem. Orelhas médias com brincos sutis mal os notava. O contorno do rosto batia muito bem com os elementos ali presentes. Pouca maquiagem. Só uma sombra, lápis nos olhos e uma batidinha leve de pó de arroz. Aflita ela se sentia. Chorava que nem uma criança quando pede algo a seus pais e os mesmos não lhe dão o que se quer e ai se desfaz em lágrimas.
Até então não conseguia entender muito bem o que poderia ter acontecido. O anfitrião de cabelos grisalhos, pele escura. Olhar parecudo com o de um feroz leão que corre de encontro a sua caça. nariz avantajado parecia-se muito com uma batata... Com um copo de whisky na mão. Enfurecido. Berrava e berrava muito. Pedia explicação contundente à tudo isso. Decida-se logo esclamou o anfitrião de cabelos grisalhos e olhar de um feroz leão. E a senhorita muito abalada respondeu com lágrimas nos olhos... EU NÃO SEI. E continuou a chorar deitada no sofá.
O que você quer? O que você quer? Retrucou o anfitrião que parecia não ter mais paciência alguma perante toda essa situação estranha... E de fato muito estranha. E paciência era o que ele menos tinha e isto transparecia em sua face... Carinho, afeto e menos amor... Como assim? O que há de errado em tudo isto... Será que esta longa história que escrevemos ao longo de todo este tempo juntos fui um mero amigo? Um simples inquilino que conversa com seu Senhor quando precisa desabafar algo... Não entendo. Não consigo entender... Estou cansado não de você claro mais desta situação que você impos neste momento. Procuro explicações, eu quero explicações, me diga agora... Quero ainda hoje.
E com apenas uma frase... Uma simples frase tudso desmoronou. Tudo por ali foi-se ruindo aos poucos...
"EU TE AMO" disse ela, mas amar é uma coisa além do nosso entender. Do nosso simples copmpreender. É uma frase tão forte... Tão rico e tão pura que poucas vezes tu me ouvistes pronuncia-la. Mais eu te amo.
O estranho nisso tudo é que me lembro bem quando ela disse "Menos amor"... É estranho de fato, mas quem sou eu pra dizer algo.
A festa continuou. Todos os convidados já haviam chegado ao longo de toda essa história que até agora me pergunto "porque haveria começado do nada". Enfim...
E a renovação do casamento dos dois ali presentes no centro do salão poderia dar continuidade até o amanhecer do dia que vinha...
Até hoje me pergunto O QUE ACONTECEU mas, só quem escreveuisto vai saber lhes responder bem.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Outro dia mais...


Mais uma olhadela naquela bela moça. Seu sorriso me encanta. Me cativa. Me comove. Eu sei é tão viciante esse tal sentimento chamado AMOR.
Sempre que a vejo passar por mim imagino no que ela pode estar pensando... Será que de vez em nunca sobra um tempo pra mim naquela mente? Não sei isto é tão distante do meu querer. Do meu ser que até me esqueço... É preferivel. Melhor assim.
Ah mais aquela moça tem um olhar tão penetrante. Seus olhos parecem duas jabuticabas maduras. Parece ser tão pura.
Ah quem me dera...
Ela é tão doce e tão amarga ao mesm tempo. Adora um chocolate meio amargo. AH COMO ADORA!
Pouca são as coisas que sei ao seu respeito mas, as que sei entendo muito bem. Sou viciado nela. Não nego e isto já é um fato mais que consumado.
Ah que bela moça. Que moça tão bela. Faria milhares de canções ao seu respeito. Escreveria mais livros sobre essa moça do que o Paulo Coelho já pensou em escrever em sua vida. Ah aquela moça como me fortalece e me enfraquece na mesma intensidade e proporção.
Moça que gosta de viver a vida como bem entender. É um FODA-SE pra CÁ... Um VAI SE FODER pra lá...
Nas noitadas ela dança... Ela não par. Anda pra lá e pra cá. Dá um gole na bebida de um amigo. Conversa com um ser desconhecido. Ah aquela moça é tão livre. Tão louca. Tão sedutora.
De vez em quando vem e me dá um abraço. Me fala algo ao pé do ouvido que só nós precisamos saber.
Eu sei que dentro de si guarda algo. Ah como sei. Só não quero quebrar todo este encanto. Não quero e não preciso.
Vai a shows lavar a sua alma...
Ah com é maravilhosa essa tal moça!
Como brilha. Sempre me emociona... Se faz de criança. Me diz sempre que não deseja envelhecer. Sente-se mal só de pensar como deve ser.
Certa vez lia lgo a seu respeito que dizia assim...
"Enquanto os Deuses brigam por autonomia me escondo no celeiro pedindo minha anistia. Eu não quero crescer vou me perder com você. Vou me perder com você e nunca eu vou crescer".
Senão me engano ou se esta velha memória não me falha chamava-se A SÍNDROME DE PETER PAN. Bem apropriado não acham?
Ah aquela moça me faz sorrir. Me faz sonhar. Não me deixa dormir está sempre a falar.
Ah que bela moça. Que moçã tão bela...
Pequeno príncipe tatuado aproximadamente perto do ombro... Um certa frase também localizada em sua coxa... Como é louca essa moça. Como é louca.
Muda de humor facilmente. Já presenciei essa sena. Hora feliz, hora trsite... Me pede um abraço e claro eu não a nego... Nem passa pela minha mente nega-lá algo tão simples mais ao mesmo tempo tão intenso.
Ah como eu adoro essa moça... Como a amo!
Ela me fascina. Ela me encanta. Ah aquela moça!
Tem estilo próprio... Fala o que quer. Piercings espalhados pela boca... Ah como me cativa essa moça.
Sei bem que não faz tanto tempo assim que a conheço mas acho que o tempo nestas horas não valem de nada e não dizem muita coisa. Não significa coisa alguma mas posso dizer do fundo do meu coração não tão puro nem tão certo sempre incerto que essa tal moça me dominou. Me purificou. Me mudou...
Ah essa moça!

Um ponto vago no céu


Um copo de café gelado, requentado... Pode até ser do mês passado. Amargo, não muito adoçado. Que desça pela garganta e não me faça nenhum mal.... Só mais um copo de café, com uma pitadinha de fé... Sim fé, aquela fé invisivel. Indiscritivel. Me dá também um cigarro... Um Marlboro, Free ou até mesmo aquele Vila Rica. Que me destine. Me motive. Me capacite. Reanime, isso reanime...
O cigarro numa mão e o copo de café na outra, olhando as estrelas... Sempre belas, cheias de vida. Lá bem longe. BELAS. Intensamente iluminadas, rodeadas de uma felicidade inexplicável... Queria saber entende-las. Verdade queria mesmo poder decifra-las. Seria um grande prazer. Ó que prazer me seria poder toca-las em plena luz do dia. Que alegria. Me motivaria...
A lua me faz pensar. Me faz crer. Imaginr.
Me dá outro café não importa se expresso ou aquele que minha avó costuma fazer toda manhã... Adoçado!
Adoça minha vida então. Seria capaz de me fazeruma oração? Uma adoração em carne e ossos.
Jogos de atração, sedução... Ilusão.
Olhos nos olhos... Vejo-te. Não te nego... Não renego. Não me exaspero... Não quero.
Fingir ser aquilo que não é... Por quê?
Esquecer... Viver... Morrer!
Nada de novo nem de tão belo, não me acho errado, muito menos certo apenas um ponto vago no céu.
Apenas um café, um beijo... Um jogo, aquele desejo fatal.
Mais uma emoção... Só mais uma.
Quem irá dizer... Ahhh
Apenas mais um café!
Nem que seja com um pouco menos de fé...
Um café!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

estarei sempre lá!


Um pouco mais de zelo. Um pouco menos de atenção. Uma distração diária que sempre nos aprisiona. Nã me questione. Não me julgue. Recicle-me. Vossa morada fiél. Inquieta rece ter um mundo dentro de si. Uma sociedade secreta.
Me deixa ser livre... Ela grita por ai...
Quero voltar a acreditar em ti.. Entender o que de cada "por que". Aonde erramos? Aonde acertei? Quem julguei? Não te contei uma mentira tão verdadeira por medo de ter ver partir uma vez mais de minha visão. Mais o que queria enxergar depois de tantas tempestades, muitos marasmos... poucos acasos, nenhum fato... Muito menso um relato. Ser julgado por ser culpado de que? Me explique o "que" deste PORQUE..
Não existe. Não volta... Ou será que retorna?
Minha visão cansada muitas vezes falha. Me trai. Me atrai cada vez mais a ti...
E você o que me diz?
Quer um abraço? Um presente ou um simples gesto que não se explica e não tem nem sequer valor material...
O medo, o receio... O recreio, hora de se divertir lhe faz pensar, te faz sorrir... Aquele sorriso longinquo e sempre belo. Uma criança dentro do corpo de uma mulher. Uma feminista dentro de um espelho sempre querendo ser uma criança... Aquela criança que ri de tudo e todos. Que não se importará nunca com uma opinião... Que nunca gosta de receber um não. Mimada? Sim sempre será. Todos a amam. O sentimento diferencia cada qual em seu devido lugar... Uma aresta. Não tenha pressa... Sempre existirá um novo amanhecer e....
Estarei sempre lá!

Nós mesmos e um único destino!


Me entrego, me apego, me deserdo, me renego, me conformo, me reformo...

São poucas as coisas que deixei de fazer, deixei de ler ou até mesmo de ver. Confusões corriqueiras ou uma flechada certeira? No centro do coração num ápice total de emoção... Remoção de um simples sentimento oco requentado, não temperado, pouco adoçado. Recém chegado de uma luta contra seu próprio interior rebelde onde só ele apanhava. Era um soco daqui, um chute de lá. Foram vistos até cuspes na face naquela batalha de apenas um ego centrado pensante. Onipresente, Onisciente, Deficiente realmente de uma fé invisivel, solúvel desgastante furiosamente marcante. Renega-e abra estes olhos vermelhos de tanto pensar e repensar sobre assuntos decididamente tão seus, Tão meus, NOSSOS!
Um anfiteatro repleto de alucinações daquilo que sempre tentou ergue com as próprias mãos. Um operário da vida por assim dizer. Ergue seus sonhos com seu trabalho. Um reconhecimento tão bem visto por gente tão semi-opaca. Que destroça, remove. Não põe nossos corações pra bater. Pulsar de felicidade. Receber uma injeção de animo na vida. E o que me diz? Se sentes feliz? O relógio... Aquele relógio parou? Não se movimenta mais? Cansou de fazer e refazer o mesmo percurso por meses, anos... Décadas? Ou ainda continua naquela mesma parede esquecida, cheia de pó... Revestida com pelo cansaço... À flor da pele. Não mais se ergue. O tic-tac que costumava ouvir o dia inteiro hoje não soa mais. Não pulsa jamais. Não te esueces nunca de um amanhecer, do entardecer, apenas mais uma NOITE DE LUAR. Ser banhado uma vez mais. Não te enganas!
Não engasga com sua própria saliva. cativa, indiscritiva. Recreativamente apto. Um inapto para um trabalho tão opressivo. Reprimido... Esquecido como todas aquelas pilulas que tu mesmo jurou não por masi garganta a dentr. Um mero refém do silêncio. O opositor, um simples impostor... Na analogia diária de um mundo tão seco, pálido... Sem sal, não vivencia a paz entre vizinhos... Não precisa ter carater para todas as outras existem MASTERCARD!
Compra-te!
Já dizia um grande pensador. Não por ser conhecido mas por pensar demais... Era um compositor, repositor... Repunha tudo o que se pensava e passava folha por folha e ainda hoje ouço certas pessoas dizerem assim em alto e bom som...

"E não existe demônio pior que nós mesmos"