quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Entre incertezas e Libélulas


Na floresta muitas coisas se escondem atrás dos arbustos. Não sei explicar se tudo isso me trás certeza ou me dá mais incertezas das coisas que por ali vivem. Sentar-se na grama e ouvir o canto dos pássaros em seus ninhos alimentando seus tão pequenos e indefesos filhotes que acabam de nascer, que daqui a algum tempo sairão sem destino por ai buscando a autonomia que sempre quiseram ter. As joaninhas tão pequenas e frágeis com suas bolinhas pretas subindo pelas folhas não se cansam. O rugido de algum feroz animal a procura de sua caça que não tem tempo suficiente de se defender frente a uma máquina voraz de ataque frontal.

E assim as coisas por ali tomam seu rumo.

Andando vagamente pela floresta como de costume...

Pego um cigarro, acendo e fico pensando nas vidas que por ali habitam, quando de repente...

Me senti fraco e uma corriqueira vertigem me fez desabar na grama da floresta num dia tão ensolarado e bonito...

Libélulas me rodeiam naquele instante que permaneço caído ao chão. Abro os olhos mas ainda me sinto fraco. Que belos insetos penso por um momento. Não sei ao certo da onde eles saíram e o que eles fazem ao meu redor. É difícil de se explicar mas do nada uma libélula vira em minha direção e diz:

-A muito tempo que venho percebendo que quase todos os dias você jovem rapaz em aqui na floresta repara em tudo por aqui acende seu cigarro e fica pensando em algo. Não querendo ser muito intrometida mas o que procuras por auqi? eu logo lhe respondo:

-Esse lugar me trás uma paz, me sinto mais calmo quando estou aqui. As incertezas que guardo comigo há muito tempo quando estou aqui somem pelo menos por alguns minutos. Parece que aqui minha alma não está trancada e é tudo tão belo. Tudo tão confortante. A libélula vira e me fala:

-Meu jovem escute uma coisa "Aquilo que aquece o peito não alivia a alma". Certas coisas na vida são extremamente complicadas de serem compreendidas.

As incertezas dessa vida às vezes nos fazem querer recurar com medo de bater de frente com nossos problemas. Os seres humanos temem muitas coisas. Se sentem ofendidos com tão pouco. Brigam e até matam se puderem. Nós libélulas voamos por ai sem destino sem saber o que nos espera mais pra frente. Se teremos que voar até onde nossas asas conseguirem se um predador quiser nos ameaçar. Vivemos cheios de incertezas mas não deixamos de viver por isso.

Bem neste momento acordo e percebo que tudo aquilo foi um sonho ou algum momento de lucidez. Se foi real nunca irei saber. Mas aquela conversa com a libélula me fez pensar em muitas coisas.

Mesmoque eu venha sempre a floresta procurar paz quando eu voltar pra cidade grande minhas incertezas ainda estarão comigo.

Elas vão estar comigo pra onde eu for. Não importa aonde.

E é verdade o que aquela libélula disse... "Aquilo que aquece o peito nao alivia a alma". Assim como minhas incertezas vão me seguir pra onde eu for minha vida tem que continuar porque todos tem incertezas mas se deixarmos a vida passar pela janela de nossos quartos nossas incertezas nunca se tornarão certezas porque não corremos atrás pra tentar entender o que elas significam. E assim ficaremos trancados por anos e anos deixando tudo passar. E o medo de seguir em frente te dominar.


Entre incertezas e libélulas...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Suja a roupa mais lava a alma.


Certo dia depois de um final de semana incessante cai numa rotina de perguntas. Meu quarto era ao mesmo tmepo amigo e confidente. Estava cansado em apenas 5 minutos neste momento de profunda confusão. Olhava de um lado para o outro e nada me dava certeza das coisas. A única certeza que podia ter neste momento era não ter a certeza de nada. É estranho se deparar consigo mesmo frente a um espelho e se ver tão imundo por assim dizer. Quais eram as culpas existentes ali? Uma variação de humor me fez ver que muita coisa precisava ser mudada. O pecado coexistia e permanecia ali naquele estabelecimento. Era uma questão de hábitos mal tomados diante do pouco tempo de rebeldia após a conclusão de meus 18 anos. Quando o pecado se torna mais forte do que o pecador as coisas estão fora de seu lugar. Qual era a porcentagem de pecado existente nestes dois anos? Essa era uma pergunta muito difícil de ser respondida. Talvez fosse mais fácil mudar de hábitos do que eu conseguir explicar qual era a cota de pecado que ficara em meu pranto.

As ruas vazias. Um céu cinzento. O frio que passava dentre minhas blusas. Um pranto fraco e oprimido. As coisas pareciam em perfeita desarmonia. Certamente estavam. As ruas vazias por onde passara guardavam cada pensamento meu. Não sei bem se aquele frio me aquecia ou me mantinha mais longe de minhas confusas e corriqueiras analogias. Andando por ai com minha mente cheia e um tanto quanto cansada de pensar em certas coisas fico a me perguntar "Seria tão fácil se os problemas surgissem e fossem embora na mesma proporção que eles vêm". Mas nem sempre isso ocorre. Estou nesta cômoda e confusa relação de não entender certas atitudes. Nas realidade eu até entendo. Só finjo não saber das coisas pra não desmotivar. Cansado de lutar me deito e tento pelo menos por uns 30 minutos deixar essa situação de lado. É bem neste instante em que meu "eu lírico" entra em ação e começa a fazer tais decisões que era pra eu em sã consciência tomar. mas como bem sabemos a razão por assim dizer é mais viável e certa frente ao sentimento. Tanto seja se for sentimento de culpa ou aquele sentimento homem/mulher. As horas passam e meu "eu lírico" continua no comando.Com meu corpo em repouso ele faz o que bem entender. Assim as coisas toma seu rumo e mais uma vez meu "eu lírico" age como tem que agir.

Os dias se passam e as coisas já não são mais as mesmas... Já nao vejo as pessoas com o memso olhar (falta aquele a mais sabe?). A vida mudou mais ainda continuo reparando no pôr do sol. Dou mais valor aos fins de tarde. O horizonte como sempre amplo e irreverente. Me chama pra sair e eu me tranco no quarto e prefiro ler aquele livro De Kafka que deixei de ler pela falta de tempo ocioso ou quem sabe até uma carta escrita por um ex-namorada. Quem sabe. Os domingos de tédio se tornaram aquilo que não fazia há muito tempo que era sentar-se no sofá com a família e falar das coisas que acotecem nos nossos dias.

A vida continua e já não mais vivo naquela de "sentar-se ao relento e conversar com a solidão". A vida muda, mas tem coisas que não somem... Nunca podemos esquecer de quem somos. Senão perderemos nossa essência. E se perdemos a essência a vida já não tem sentido. E nada mais vale a pena.