segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Um tanto quanto rebelde a ironia toma conta de meu ser!


Sair correndo numa mata aberta, gritando, ouvindo o canto dos passarinhos em seus galhos de arvores secas pelo tempo...
Olhar a paisagem, ver o pôr do sol jogado na grama sem precisar se preocupar com nada. Dinheiro? Pra que dinheiro? Se estou no meio de uma bela paisagem. Lá não tenho que pagar pra ouvir sons, belas paisagens...
Respirar ar puro, sentir que sua vida vale algo. Olhar de um lado para o outro sem se importar com ninguém.
Ficar por tempo indeterminado sem olhar pras pessoas, sem sentir o cheiro da ganância que paira no ar desta cidade tão esquecida, tão cinza. Sorrisos escondidos pela falta do que se alegrar. Rir de que? Da desgraça alheia? E o pior que muitos por ai fazem isso pensando que "não é nada demais".
As pessoas se esquecem de si mesmas e começam a viver por outras pessoas. Vivem uma vida que não é sua. A ilusãotoma conta de seus olhares apaixonados. Querem se adequar a um modo de vida totalmente diferente do seu. Abrem uma nova página em suas vidas. Fingem ser aquilo que não são. Querem receber aquilo que não existe. Aquilo que não se sente de verdade. Na realidade elas tentam se enganar. mas no fim de tudo percebem que isso não valeu muita coisa.
A ilusão acabou... E voltará a ser aquilo que um dia negou.
Quanto as pessoas eu não entendo esse tipo de atitude.

As pessoas vão pra lá
As pessoas vêm pra cá
Procurando a felicidade a qualquer custo.
Andam pelas ruas escuras da cidade, entram em botecos de beira de esquina tentando se apaixonar.
Vão até onde sua fé e suas pernas podem ir. Tentam se iludir.
Quanto vale a sua fé?
Até onde suas pernas podem chegar antes de se cansar e desistir de lutar contra si mesmo?
Caminhando sem rumo em direção ao nada me pego pensando em ti.
Tiro o lápis e o caderno da bolsa e tento te desenhar na minha mais profunda e alucinada imaginação. Trações perfeitos de uma miragem feita pela minha mente. Mais que traços são a linha que o horizonte me apontou. Minha mente continua voando por ai tentando encontrar mais e mais formas de poder te desenhar de uma forma mais esquizofrênica. Um louco que vira seus remédios na pia do banheiro pra não mais ser "refém de uma solidão enorme". Ainda sim tento te desenhar. Olho de um lado para o outro tentando achar algo que possa entrar nesta obra de arte que o tempo pode apagar numa velocidade que meus olhos não conseguirão enxergar. A renegada ação de tentar travar suas próprias lutas individuais. Um Narcisista por assim dizer. Ando coletivamente sozinho. Meus demônios me perseguem pra onde eu for. E mesmo assim me sinto em perfeitas condições. Os traços se esvaíram da folha de papel ou minha esquizofrenia me pegou novamente? Olho pro horizonte uma vez mais... E vejo que ele me aponta a uma nova concepção real e verdadeira. Desenho aqueles traços ainda sim inacabados pela falta de experiência na vida. Me atiro a uma luta contra meu "eu lírico" que mesmo na minha constante sobriedade se aproveita dos meus impulsos. Uma luta desigual onde só eu apanho. Aonde será que isso irá parar? Ainda tenho forças e me levanto. Termino aqueles traços tão difíceis de serem desenhados por uma mente tão rebelde e alucinada quanto a minha. Retiro a folha do caderno e deixo na arvore mais proxima afim de que o próximo que por ali passar tente entender o que eu quis explicar... Ou se não conseguir entender um dia vai travar a mesma luta que eu travei tentando desenhar traços tão inesplicáveis de se entender!

A vida tem que ser mais do que um horizonte, senão nada faz sentido (...)

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