sábado, 2 de julho de 2011

sobre o despego e a desilusão!


Pretendo ser alguém melhor. Pensar menos. Estudar mais... Viver mais intensamente. Esquecer essas coisas tão fúteis que por anos eu vivo cultivando. Certos vícios a gente nunca larga tão facilmente assim. Promessas são uma merda. Prometer algo é mentir pra si mesmo, pois nunca sabemos se iremos cumpri-las, e isto vai se tornando cada vez mais viciante. Largue essas promessas, deixe elas lá no canto escuro do quarto, vá viver. Pense menos, pensar te deixa 30 anos mais velho, tanto por dentro quanto por fora... mentir ás vezes cansa.
Mas às vezes penso bem, penso mesmo, pego-me dizendo “sim”, quando queria dizer “não”. Isso é apenas mais um dos meus milhares de vícios que ainda não larguei, que um dia não tão comum pretendo deixar de lado... Eu criei um monstro, que vive aqui dentro a gritar todos os dias “pense menos, viva mais”. E eu nunca o escuto. Sempre prefiro fazer as coisas a meu modo. E nessa longa e incessante batalha contra meus próprios vícios eu acabo entregando-me e vivendo cada dia menos. Sempre menos do mesmo, nunca mais, sempre menos...
A qual vicio você se apega tanto, que não consegue deixar de lado nunca?
Quanto tempo mais...
Vivenciando sempre e nunca aprendendo.
Vejo tudo e ninguém me vê. Deixei pra lá muito tempo de minha vida... Buscando diversão, prazer, sempre achei legal, super autodidata, sempre querendo mais e mais e no final das contas percebi o quão cheio de vazio eu era. Praticamente um pote de doces que as crianças acabaram de comer... Fizeram a festa e foram embora. E eu me sinto assim, vago.
Vagamente vago, vazio... Cheio de merda alguma.
E assim eu vou caminhando por ai, errado, andando e errando, pensando e errando. Sofrendo e errado, mas até quando?
Isso eu não sei dizer... Sou apenas um pote de doces vazio.

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