
Na estrada de pedras me mantive de pé
Pra ver sua queda
Me mantive fiel
As suas falsas peregrinações
União injusta de um povo pagão
Que procura por identidade
Que quer um a mais em suas tão relações
De pessoas semelhantes
Que lutam contra tudo e todos
As dores ainda estão ali guardadas em seus prantos
Mas não me fiz fraco
Deixei tudo de lado
E me apoiei em um ombro tão amigo
Me diz então quantos anos tem
Essa sua missão
De lutar por alguém
Derramando sangue inocente
Nesta história tão decadente
De pessoas que lutam e matam seus ideais
Por uma pátria amada
Que nada querem e jamais
Desistem de tentar viver as suas vidas
Mais um corpo caído ao chão com uma bala de fuzil, metralhadora ou canhão
Mais um pobre fiel que esperava sua vida melhorar um dia e ainda
Sonha em ser feliz
São nessas horas que eu me pergunto e daí?
A quem eu quero enganar
Querem meu corpo caído ao chão
Neste campo de batalha que fede a solidão
Que se sente à morte de perto e tente viver
De olhos fechados pra esses seus “best friends”
Me diz então quantos anos tem
Aquela criança que segura uma HK como se fosse brinquedo que ganhou de natal de seus pais queridos que ali não mais estão
Vivendo em perigo
Clamando perdão
Olhando pro lado e sentindo uma grande solidão
Me diz então o que vai fazer
Pra se esquecer
Que sangue inocente ainda vem derramando nessa selva de pedra
Lugar Metropolitano, São Paulo, Zona leste
Ao extermínio e a dor
De domingo a domingo
Ainda escuto o clamor
De um falso profeta
De um “sábio” pastor
Que corrompe fiéis
Ensinando lições
De um livro antigo
Que não sei de onde teria vindo
Compro mais drogas pra aliviar minha dor
Me vendendo ao sistema
Esquecendo VOCÊ
Me diz então quem vai me entender
Quando de um lado vens
E do outro não
Me diz então
Se é tão burguês
Uma casa ali na perto do bairro japonês
E o cheiro de medo anestesia meu sofrimento
Quando me deparo de frente com esse seu arrependimento
Tão fiel/mas tão mentiroso
No seu rosto vejo que nada mudou
E depois de tudo isso outra mentira contou
Me diz então o que vai fazer quando tiver que trabalhar das 8h às 18h
O trem está lotado e a cidade é um caos
7h da manha naquela vida “atual”
Trabalho, Imposto, Pagamento, Enrolo, Fila de banco, Sufoco, Final de mês, Meu troco
Solidão vivenciada...Por um bando de sociopatas
Engravatados Que mandam Em pessoas
Seres “fulanos”...Sobrevivo
A tudo isso e ainda
Acredito na vida Que ela pode mudar
Se eu me pegar de frente com esse jovem rapaz
Que não desiste da vida e corre atrás de seus pensamentos
Leva em frente seus ideais
Buscando autonomia ele tenta gritar de cima de um prédio
Ou em frente ao altar
EU QUERO PAZ QUERO SOBREVIVER A ESSE MUNDO INOCENTE DE PESSOAS CARENTES
Que vivem sem viver
Que matam seus ideais
Sem ao menos se arrepender
Um dia fui eu
Outro será você
Que se Deparará com seu Passado
Esquecido
Jogado tudo de lado...
O mundo te ensina e você não acredita
Se esquece de si mesmo
E de toda a sua vida...
Me diz então o que iremos corromper
Agora que já sei compreender
Todos meus “erros”
Todos meus acertos
Viverei aprendendo com esse velho pagão
Que contou toda essa história
E sobre certas lições
Que o mundo é o mundo
Vive girando
Mais não somos tolos
E ainda me lembro quando ele me disse:
- Até quando verei semelhantes ferindo seus semelhantes por nada. Jogado ao vil aquela triste família ficou. Embaixo do Viaduto todos vivem com amor. A dor não os corrompe mais o fazem sofrer. Com fome e egos feridos eles se calam, mas se transformam em atores da vida real. Vivem de esmola pedem até 1R$. Essa é a vida social.
Me diz então o que aprendeu sobre essa lição?
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